Um manga de Minetaru Michizuki.
Comecei a ler o Dragon Head há alguns anos. Nunca terminei porque, em Inglês, ainda não tinham sido editados todos os volumes, e na web, ainda não tinham sido todos traduzidos. Com muita pena minha porque, desde o início, este manga prometeu ser excelente ... e não desapontou!
O ponto forte do manga são as personagens. Realistas! Conseguimos sentir empatia, odiar e, atrevo-me até a dizer, compreender as acções loucas de alguns personagens. Todos eles são extremamente bem expostos e os seus comportamentos são derivados das agonizantes situações a que são expostos.
A história é interessante e só no final todos os elementos da narrativa são realmente explicados, deixando-nos expectantes até à ultima página.
O cenário pós-apocalíptico, possivelmente derivado de uma catástrofe natural (não vou fazer spoiler) de proporções imensas, pode até não ser novidade para amantes do cinema, mas confesso que é muito raro ver o tema exposto desta forma, em manga. O resultado é soberbo e a maravilhosa arte dos fundos deixa-nos de boca aberta.
Uma lição sobre sobrevivência e, especialmente, sobre os humanos. O que nos leva à loucura e o que nos pode salvar. O que somos capazes de fazer se as circunstância assim o pedirem. Um profundo estudo sobre as emoções, a racionalidade e a falta desta. Uma bela exposição destas criaturas (nós). Tão complicadas e o mesmo tempo tão facilmente influenciáveis e propensas à loucura.
O final deixou-me um pouco vazia. Não por ser mau, porque não o é. Confesso que desejava outro final, mas sei que este foi o mais acertado. Acho até, que no fundo sabia o que estava para vir, só que tinha aquela réstia de esperança que assim não fosse. Mas volto a dizer, o final não desaponta!
Não é horror (mais suspense), mas fez o meu coração pular muitas vezes.
Em suma, Dragon Head é uma quase obra-prima. Definitivamente no meu topo dos mangas mais espetaculares.
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